" ... - Você quer ser, em definitivo, uma pessoa melhor!?
- Claro! Encontrei nesse mergulho em meu íntimo a razão da minha
existência e quero me tornar uma pessoa melhor sim.
- Então comece sendo O SEU MELHOR.
- Caramba! – Solta aquele sorriso de canto de boca. – A cada dia
eu te entendo menos...
- O autoperdão passa pela auto-aceitação. Ninguém se perdoa e
muda de uma hora pra outra. Isso são exercícios.
- Estou percebendo que isso está para além da minha compreensão.
- Não compreenda, viva! Viva No Seu Melhor! Aceitando seus
erros, trabalhando-os, e seja aquilo que você é, sem rejeitar nenhuma parte de
si mesmo.
- Ãhn!?
- É isso mesmo. Temos, todos, limitações que precisam ser
respeitadas. Você acusou pessoas, agiu de má fé e fez tantas outras coisas por
desconhecimento de suas próprias limitações. Isso faz com que tenha atos
inconscientes, e boa parte deles foi assim.
- Então, espera ai... – Solta um sorriso irônico. – Vou ter
agora que ficar me controlando o tempo todo. Que Melhor é esse!?
- Autocontrole não significa autoconhecimento, aliás, um acaba
um pouco sendo conseqüência do outro. Quando nos conhecemos profundamente, sabemos
quais são as nossas limitações e dificuldades, temos um autocontrole. A palavra
controle é muito mal interpretada.
- Como interpretar então!?
- Imagine que você possui uma propriedade, um tanto de terra,
como uma fazenda.
- Sei.
- E, nessa fazenda, você planta feijão. Você tem dimensão de
todo o seu território, que é a plantação e a sua casa. Certo!?
- Digamos que sim.
- Você consegue controlar e dominar o crescimento de cada
feijão? De cada grão?
- Não! Impossível fazer isso!
- O solo tem suas limitações. Algumas sementes vão se perder,
não vão vingar como se espera. E vão adubar o solo!
- Interessante...
- Você vai observar a plantação, controlar com mais adubo,
regular a quantidade de água e evitar possíveis pragas. Mas não vai controlar
exatamente tudo o tempo todo. Só monitora, atento, observando possíveis
alterações e corrigindo dentro das limitações daquele determinado cultivo.
- Nossa! Que comparação interessante!
- Assim acontece com o nosso íntimo, com o que somos
verdadeiramente. Temos que conhecer toda a nossa terra, saber do que ela é
capaz de produzir e monitorar o que ela produz..."
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